2013, Rumo ao apocalipse.

O avanço do controle total

Um software que denuncia crimes antes mesmo que sejam cometidos é ao mesmo tempo fascinante e assustador. Uma experiência no Sul da Inglaterra mostra que isso já é possível. Algo está sendo feito em busca da vigilância total.

No filme de ficção científica “Minority Report”, que se passa em 2054, crimes capitais como assassinatos não ocupam mais as manchetes. Uma unidade especial da polícia, chamada “Pré-Crime”, auxiliada por três paranormais, detecta todos os atos de violência antes que aconteçam, e prende os criminosos potenciais a tempo...

Os produtores desse filme de Hollywood se enganaram em apenas três aspectos: esses sistemas já existem hoje, e não somente em 2054. Segundo: no mundo real a tarefa dos “videntes” do filme é assumida por um software inteligente. E, em terceiro lugar: a história não se passa em Washington DC, mas em Portsmouth, no Sul da Inglaterra.

Essa cidade portuária de 200.000 habitantes, no condado de Hampshire, está testando há algum tempo um novo sistema de videovigilância. A característica especial: em vez dos métodos de vigilância normais, que requerem muito pessoal devidamente treinado, esse sistema usa um programa chamado “Perceptrak”, que busca comportamento suspeito nas imagens analisadas e aciona o alarme quando necessário.[1]

O relato também destaca que atualmente já há 4 milhões de câmeras de vigilância instaladas na Inglaterra, o que representa uma câmera para cada 14 habitantes. Em Londres, por exemplo, é grande a probabilidade de ser filmado até 300 vezes por dia. A organização de direitos civis “Liberty” está preocupada porque essa tecnologia oferece cada vez mais facilidades para o governo “vigiar cada passo do cidadão”.

O assustador nessa tecnologia é que o indivíduo sente-se cada vez mais vigiado e, em breve, poderá ter todos os passos seguidos. Aquilo que pode contribuir para a segurança do Estado forçosamente se tornará um fator de grande insegurança para o indivíduo. Mas é fascinante como a profecia bíblica se mostra atual, como seu cumprimento é exato e como a Palavra de Deus é verdadeira. Afirmações feitas há mais de 2000 anos estão se realizando diante dos nossos olhos. Algo está acontecendo, aproximando-nos cada vez mais rápido de Apocalipse 13. Está sendo criado um sistema que finalmente servirá de ferramenta ao vindouro Anticristo.

Já há 4 milhões de câmeras de vigilância instaladas na Inglaterra, o que representa uma câmera para cada 14 habitantes.

Se hoje em alguns lugares um cidadão já é filmado até 300 vezes num só dia, não é difícil imaginar a abrangência que o sistema anticristão terá.

Desde o começo o objetivo de Satanás era “ser como Deus”: “Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14.14). Portanto, não é de admirar que o Diabo tenha seduzido o primeiro casal com este mesmo argumento: “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal” (Gn 3.5).

Ser como Deus significa ser onipotente, onisciente e onipresente. Nenhum anjo, nenhum demônio, nem mesmo Satanás tem essas características. O sistema anticristão final tentará alcançar esse alvo. Todas as pessoas devem ser vigiáveis e influenciáveis em qualquer lugar em que estiverem. Isso dará ao Anticristo um poder imensurável. Pois aquele que tem controle total e consegue observar qualquer pessoa, também pode influenciar e determinar as ações de qualquer um. Ele pode tirar alguém do meio do trânsito, excluí-lo da sociedade, da vida em comunidade e isolá-lo. É exatamente o que a Bíblia prevê, a respeito do que já alertamos diversas vezes.

“Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu; e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta. A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis” (Ap 13.14-18).

A última sedução virá pelo caminho da “sensatez”. Câmeras de vigilância ajudam a prevenir assaltos e seqüestros. Elas auxiliam a combater o terrorismo de forma eficiente e a esclarecer acidentes. Quem não concordaria que isso é bom? Mas o homem, influenciado pelo pecado, sempre consegue usar para o mal algo foi planejado para o bem. A descoberta da dinamite e da fissão atômica deveriam trazer progresso aos homens, mas foram abusadas e transformadas em formas terríveis de extermínio da humanidade.

Quanto mais o homem se separa de Deus, mais ele buscará a própria onipotência. Ao se fazer independente de Deus, ele mesmo se eleva como se fosse Deus. Mas, em vez de vida, ele encontra perdição e morte.

Se hoje os sistemas de controle já estão tão avançados em tantas áreas, e os desenvolvimentos são cada vez mais rápidos, quão próximo estará o cumprimento do Apocalipse e dos acontecimentos que ele descreve?

Entretanto, nós temos a promessa: “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino” (Lc 12.32).





O Caminho para o fim do mundo

O testemunho de Charles Spurgeon




É necessário olharmos mais meticulosamente para o restabelecimento dessa nação à luz das profecias.



No decorrer do tempo, foi pequeno o número de servos do Senhor que O seguiram de todo o coração e aos quais foi dada a capacidade de reconhecer os acontecimentos futuros.



Charles Spurgeon foi uma dessas pessoas. Antes de Israel voltar a tornar-se uma nação, quando aparentemente era impossível que os judeus retornassem para a Terra Prometida, Spurgeon ensinou que isso aconteceria, exatamente como se lê em Ezequiel 36 e 37:



O significado desse texto bíblico, conforme o contexto revela, é muito evidente. Diante do significado dessas passagens, haverá primeiro uma restauração política dos judeus em sua própria terra e um retorno à sua própria identidade nacional. Em segundo lugar, existe no texto e em seu contexto uma declaração muito clara de que haverá uma restauração espiritual, uma real conversão das tribos de Israel ao Senhor.



Eles haverão de gozar de uma prosperidade nacional que os tornará famosos; mais ainda, serão tão gloriosos que Egito, Tiro, Grécia e Roma esquecerão sua própria glória à luz do grande esplendor do trono de Davi. Se as palavras têm significado real, este deve ser o sentido desse capítulo.



Eu jamais quero aprender a arte de distorcer o significado que Deus atribuiu às Suas próprias palavras. Se a Bíblia diz algo de maneira clara e cristalina, então é isso mesmo que devemos entender. O sentido literal e o significado dessa passagem - que não podem ser negados nem espiritualizados -, deixam claro para nós que tanto as duas quanto as dez tribos de Israel serão restauradas em sua própria terra, e que um rei governará sobre elas.



O anelo de Israel pela paz



Analisemos o desenvolvimento progressivo que está acontecendo e que conduzirá Israel a uma união com a "nova ordem mundial" dominada pela Europa. Apesar dos constantes conflitos, vemos Israel procurando a paz com seus inimigos, não por terem adotado uma nova filosofia que os faz amar uns aos outros, mas pelo anseio por uma paz negociada.



Muitos em Israel estão fascinados com a possibilidade de viver em paz com seus vizinhos árabes. Eles acham que essa paz realmente poderá ser alcançada. Mas a Bíblia diz: "Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão" (1 Ts 5.3).



Israel: o objeto da profecia



Fazemos bem em compreender que os sinais do final dos tempos dados pelo Senhor são especificamente direcionados a Israel. Quando Jesus explicou os eventos dos tempos finais a Seus discípulos juntamente com os sinais que aconteceriam antes de Sua volta, Ele endereçou essas palavras ao povo de Israel.



Temos duas características muito claras mencionadas em Mateus 24, que identificam esse povo:



1. "Então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes" (v. 16). Isto é uma referência geográfica, e não diz respeito à Igreja de Jesus Cristo. Se vivemos nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa, ou em outras partes do mundo, não somos conclamados a fugir para as montanhas da Judéia, pois as palavras foram dirigidas aos "que estiverem na Judéia".



2. Além disso, Jesus está mencionando um motivo de oração: "Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado" (Mt 24.20). O sábado foi dado apenas aos judeus. Lemos nas Sagradas Escrituras, com relação ao sábado: "Tu, pois, falarás aos filhos de Israel e lhes dirás: Certamente, guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o SENHOR, que vos santifica" (Êx 31.13). Portanto, Israel é o grande sinal dos tempos do fim para os gentios e para a Igreja!



O antigo pecado de Israel



Quais os objetivos de Israel para o futuro? Hoje a nação de Israel está sendo confrontada com seu antigo pecado, com o pecado que cometeu como nação. Há quase 3500 anos o povo de Israel já estava na Terra Prometida. Deus havia cumprido tudo o que prometera a eles com relação à entrada na terra, mas Israel recusou-se a ser o povo escolhido por Deus, negou-se a ser uma nação singular e diferente, e deixou de fazer Sua vontade.



Deus identificou a razão mais profunda dessa rejeição ao dizer que o povo de Israel simplesmente não queria que Deus o governasse. Eles rejeitaram abertamente as palavras de Deus ditas através de Moisés: "Porque sois povo santo ao SENHOR, vosso Deus, e o SENHOR vos escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe serdes seu povo próprio" (Dt 14.2). Que promessa tremenda! Israel deveria estar acima "...de todos os povos que há sobre a face da terra".



Através da História sabemos que muitas nações têm procurado sobrepor-se a todas as outras nações. Hoje isso é muito evidente nos Estados Unidos. Os americanos consideram que os EUA são uma nação especial. A maioria dos americanos reivindica que os Estados Unidos são a maior nação da história do mundo. Muitas nações antes deles cometeram o mesmo pecado, mas a poeira de suas ruínas testemunha contra elas.



Uma nação santa de cristãos



Quem somos nós cristãos? A resposta está em 1 Pedro 2.9: "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz". Nós, a Igreja de Jesus Cristo, também somos um povo eleito. Somos uma geração escolhida. Somos uma nação santa. Mas essa nação santa não pode ser comparada ou identificada com quaisquer nações políticas, como os Estados Unidos, o Canadá, a França, a Inglaterra, a China ou outra nação do mundo. Essa nação santa habita entre as nações do mundo, e cada membro dessa nação santa é conhecido pessoalmente pelo próprio Senhor.



Tudo indica que essa nação santa está prestes a se completar, e quando isso acontecer, quando o último dos gentios for agregado à Igreja, seremos arrebatados pelo nosso Senhor, para estarmos em Sua presença por toda a eternidade!



O clamor de Israel por um rei



O anseio rebelde de Israel em tempos antigos, ao pedir um rei ao profeta Samuel para ser "como as outras nações" (veja 1 Sm 8.5-7), não desapareceu simplesmente. Ao contrário, ele atingiu seu clímax 1000 anos mais tarde. Em João 19.15 está escrito: "...Não temos rei, senão César!" Todo o peso da afirmação dos antepassados, refletindo o desejo de serem parte da família das nações, de serem como qualquer outro povo, atingiu, então, a realização: "...Não temos rei, senão César!" Israel ainda será confrontado com essa afirmação quando as nações da terra se ajuntarem para batalhar contra Jerusalém!



Os passos de Israel rumo à paz



Parece que a única solução em relação à Terra Santa é seguir o rumo de uma paz negociada. Apesar dos confrontos com os palestinos, finalmente não restará outra alternativa. A possibilidade do aumento de comércio através das fronteiras dos países é muito tentadora, e não há dúvida de que a economia de Israel continuará a crescer fortemente.



Essas expectativas positivas jamais mudarão a Palavra Profética. Jesus disse: "Eu vim em nome de meu Pai, e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, certamente, o recebereis" (Jo 5.43). Israel está a caminho de se tornar parte integrante do último império gentílico do mundo e aceitará o anticristo.



Apenas quando compreendemos esses acontecimentos pelo prisma espiritual, podemos começar a entender o que está ocorrendo no mundo político, econômico e religioso. Com isso em mente, iremos compreender melhor o desenrolar dos eventos políticos no mundo de hoje. Se não tivermos conhecimento dos resultados finais, poderemos ser facilmente levados pelo entusiasmo da falsa paz que será anunciada.



O anticristo: o mestre do engano



Quando a Palavra de Deus identifica a obra do anticristo, lemos em 2 Tessalonicenses 2.7-11: "Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira".



Esse texto bíblico deixa dois pontos bastante claros: primeiro, a obra do anticristo será bem-sucedida através do engano e, segundo, a rejeição à oferta do amor de Deus (Jo 3.16) é o motivo pelo qual as pessoas crerão numa mentira.



Por essa razão, mais do que nunca devemos gravar em nossas mentes e em nossos corações aquilo que o Senhor Jesus ensinou a Seus discípulos: "É como um homem que, ausentando-se do país, deixa a sua casa, dá autoridade aos seus servos, a cada um a sua obrigação, e ao porteiro ordena que vigie. Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã; para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo. O que, porém, vos digo, digo a todos: vigiai!" (Mc 13.34-47). (Arno Froese - http://www.chamada.com.br)



Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, novembro de 2000.

Revista mensal com artigos sobre Israel, profecias bíblicas, e notícias internacionais comentadas. Entenda como o que ocorre no Oriente Médio afeta sua vida e o futuro de todos nós.