O veneno está na nossa mesa!



O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo e a falta de fiscalização da Anvisa me faz ter acrobacias mentais, eu realmente não consigo entender. O que me preocupa é que substâncias tóxicas (como o metamidofós), que são neurotóxicas, imunotoxinas e que prejudicam os sistemas endócrino e reprodutivo, ainda são amplamente utilizadas no cultivo de nossos alimentos. Embora estejam sendo investigadas pela Anvisa, ainda estarão em circulação por um bom tempo.

Acredito que é melhor não comer alimentos como pimentão, tomate, batata, trigo, amendoim e morango, pois estão seriamente comprometidos. Acho que devemos ser bons cidadãos e denunciar, escrever em blogs, perguntar em restaurantes se o que estamos comendo é orgânico. Está na hora de rastrear o que comemos, investigar e perguntar. O que não pode acontecer é crianças e gestantes, principalmente, estarem expostas à metais pesados. Até a água que a gente toma está contaminada com metais pesados. O problema não é mais as bactérias, pois nossa água pode conter solventes, agrotóxicos e desinfetantes.

Somos orgânicos, mas, a partir do momento que temos substâncias tóxicas no corpo, deixamos de ser. Temos que conferir o selo de orgânico nos alimentos e só assim teremos algum progresso. Acredito que estamos em sinal de alerta! Além do mais, todo esse veneno compromete nossos rios, faunas, flora e água. O que os produtores alegam é que não seria possível sustentar a população sem o uso de agrotóxicos, mas estudiosos dizem que sim, é possível alimentar a população mundial com orgânicos.

São questões políticas e de interesse de grandes corporações que fazem a gente continuar neste esquema. Estamos comprometendo a saúde de milhares de pessoas e precisamos fazer algo a respeito. Além do mais, normalmente, os responsáveis pelo cultivo de alimentos orgânicos são pequenos grupos de agricultores.Existem grupos comprometidos e fazendo um belo trabalho. 



Recomendo o filme:
O veneno está na mesa – Cumpre o seu papel ao apresentar a situação alarmante da agricultura “convencional” no Brasil. Seus perigos e suas consequências que estão intrinsecamente ligadas aos processos dinâmicos da sociedade capitalista atual.